Ao jogar resíduos no chão, cidadão provoca entupimento da rede de drenagem, propagação de doenças e poluição visual Lugar de lixo é na lixei...
Ao jogar resíduos no chão, cidadão provoca entupimento da rede de drenagem, propagação de doenças e poluição visual
Lugar de lixo é na lixeira. Apesar de ser um clichê, a máxima é atual e deve ser lembrada diariamente. Isso porque, ao jogar lixo no chão ou descartar incorretamente algum resíduo sólido, a população acaba acelerando o entupimento da rede de drenagem, com a propagação de doenças e da poluição visual das regiões administrativas.
Em média, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) recolhe, por mês, 2 mil toneladas de materiais leves das ruas do Distrito Federal e 50 mil toneladas de materiais pesados, como Resíduos de Construção Civil (RCC), em terrenos baldios – chamados de pontos viciados. Ou seja, em um ano, são recolhidas mais de 24 mil toneladas de lixo leve e mais de 600 toneladas de resíduos pesados.
Entre os materiais leves, há desde papéis a embalagens de alimentos como balas e salgadinhos, que, ao serem jogados nas ruas, podem parar em uma boca de lobo e, posteriormente, na rede de drenagem local, tendo como resultado alagamentos e enchentes. No caso dos materiais pesados, o maior risco é a propagação de doenças, já que carcaças e inservíveis são alvos recorrentes do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zyka e chikungunya, e de outros vetores.
“A mínima separação na fonte para a coleta seletiva já é muito benéfica para todo o sistema, pois a intenção não é só coletar o lixo; é dar o destino correto e aterrar o mínimo possível”Andréa Almeida, chefe da Unidade de Medição e Monitoramento do SLU
Outro prejuízo é o custo de manutenção para o SLU. A chefe da Unidade de Medição e Monitoramento do órgão, Andréa Almeida, afirma que, mensalmente, são gastos mais de R$ 15 milhões com a varrição de ruas e mais de R$ 5 milhões com a limpeza de pontos viciados.
Prejuízo
“Dos R$ 41 milhões implementados em serviços de coleta, quase 50% são gastos por conta de condutas inadequadas da população”, enumera. Esses valores, aponta a gestora, poderiam ser utilizados em outras ações, se fosse observada a importância do descarte correto. Mais de 21 mil lixeiras estão disponíveis em todas as regiões administrativas, e há processos em andamento para a instalação de mais 11 mil.
“O SLU funciona todos os dias do ano”, ressalta Andréa Almeida “Então, precisamos do apoio da população não só no acondicionamento do resíduo sólido no dia e horário correto, mas especialmente em evitar jogar papelzinho no chão, que gera um dos custos mais caros do SLU. Procure uma lixeira ou guarde o resíduo com você até encontrar o local certo de descarte”.
No caso dos resíduos pesados, o cidadão deve procurar o papa-entulho, espaço adequado para o descarte de restos de obra, móveis velhos e outros itens volumosos. Vinte e três equipamentos desse tipo estão disponíveis em Águas Claras, Asa Sul, Brazlândia, Ceilândia, Gama, Guará, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho, Sobradinho II, Taguatinga e Samambaia.
Segregação na fonte
Nas residências e comércios, é necessário manter atenção à segregação de resíduos: materiais recicláveis, como papéis, papelão, isopor, plásticos e vidro, devem ser descartados separados dos orgânicos. “A mínima separação na fonte para a coleta seletiva já é muito benéfica para todo o sistema, pois a intenção não é só coletar o lixo; é dar o destino correto e aterrar o mínimo possível”, explica chefe de Unidade de Medição e Monitoramento do SLU.
A coleta seletiva no DF é feita por empresas e cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Os locais, dias e horários do recolhimento podem ser checados neste link.
O que não for para a coleta seletiva pode ir para algum dos mais de 500 papa-lixos do DF. São contêineres semienterrados preparados para receber resíduos da coleta convencional. Pesquise pelo equipamento mais próximo.
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